Pormenor da Bandeira do Sagrado Coração de Jesus da paróquia de Santa Maria de Paredes (Vila)
*Em 2019 assinala-se a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus em 28 de Junho
Como penso que é um episódio esquecido, e por muitos nem conhecido, trago à vossa memória o dia 13 de Junho de 1989, quando deflagrou um incêndio de pequenas dimensões no altar-mor da Igreja Matriz de Santa Maria de Paredes. Recordo como se fosse hoje, o toque insistente da sirene do Quartel Afonso Viana, e, porque estava em plena sala de aula na então escola primária da Vila (actual sede do OUSAM na Rua do 25 de Abril), a passagem a toda a velocidade do veiculo autotanque dos Bombeiros Voluntários.
Como as viaturas dos Soldados da Paz nunca utilizavam esse trajecto (era utilizada a agora pedonal Rua do Conselheiro Miguel Dantas, logo deduzimos que haveria alguma coisa mal nos arredores). Bastou uma olhadela pela janela da sala de aula para observarmos que saía bastante fumo pelo telhado da Igreja Matriz. Lembro-me de as professoras não permitirem, e bem (na altura não pensei assim) que fossemos a correr para o adro da Igreja, mas no final das aulas recordo uma imagem que ainda hoje tenho no pensamento: o altar-mor parcialmente danificado devido ao fogo, sem sacrário, o nosso, então, jovem pároco desolado, e algumas senhoras a limparem o interior do edifício que como calculam ficou cheio de cinza e fuligem. Com algum esforço tudo foi voltando à normalidade: o sacrário que ficou danificado com o fogo foi arranjado e na parte superior foi acrescentada uma representação do “Cordeiro de Deus” que anteriormente fazia parte do altar-mor;
posteriormente foi colocada uma peanha em pedra por cima do sacrário onde foi colocada a imagem da padroeira Santa Maria de Paredes (Nossa Senhora da Assunção) que se encontrava guardada numa residência particular. Com o calor do incêndio, vários azulejos partiram e descolaram-se. Foram substituidos passado algum tempo, mas ainda hoje se notam diferenças.
Pensa-se que a origem do fogo, tenha estado numa vela mal apagada, pois sendo dia de Santo António (em tempos bastante festejado na Vila) tinha sido celebrada missa de manhã na Igreja Matriz.
Aqui fica um pedacinho das minhas memórias, de um episódio que podem ter a certeza me marcou, tanto mais que poucos dias antes tinha realizado a minha primeira comunhão. Espero os vossos comentários, e quiçá mais elementos que possam enriquecer esta efeméride.
Altar de Santo António existente na Igreja Matriz de Paredes de Coura, do lado da epístola.
Oferecido pelos Antónios da freguesia em 5 de Maio de 1963
Tomar medidas em nome da segurança
Em recente deslocação a Barcelos, na localidade de Tamel (São Pedro Fins) a nossa atenção prendeu-se com um painel fixado junto à estrada nacional, numa zona de confluência com o Caminho de Santiago. Lemos em letras garrafais: VEJA E SEJA VISTO. Logo, em nossa mente começamos a pensar em redigir o presente artigo.
São cada vez mais os peregrinos que atravessam o concelho e, com mais incidência em Maio, Junho e Julho (a romaria ocorre no segundo fim-de-semana), caminham até ao santuário de São Bento da Porta Aberta, em Cossourado.
Uma vez mais (e nunca é demais) alertamos os peões e condutores para a máxima atenção especialmente no percurso da estrada nacional 303. Caso haja existência de passeios aconselhamos que caminhem pelos mesmos, em fila indiana se possível, envergando roupas mais claras ou com fitas refletoras. Se não existirem passeios caminhem, pelo lado esquerdo, o mais próximo da berma que puderem, ocupando assim o menos possível a faixa de rodagem. Em nome da segurança de todos, é obvio que a vegetação que ocupa as bermas deverá estar devidamente cortada.
Já em 2008 nos questionávamos em artigo semelhante: “Não será esta a altura das entidades competentes colocarem ao longo do percurso, avisos /recomendações aos peregrinos no sentido de redobrarem as cautelas?”. Sem eliminar uma virgula, acrescentamos a necessidade de também alertar os condutores.
Boa peregrinação para uns, boa caminhada para outros, mas isso são contas de outro rosário…
In jornal Notícias de Coura n.º 363, 14 de Maio de 2019
A 29 de Novembro celebra-se a memória do Beato Redento da Cruz, courense, religioso e Mártir. Lembrado na Diocese de Viana do Castelo, na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços.
O Beato Redento da Cruz, nasceu no lugar de Lizouros, freguesia de Cunha, com o nome de Tomás Rodrigues da Cunha, sendo filho de Baltazar Pereira e de Maria da Cunha.
Faleceu, sofrendo martírio, a 29 de Novembro de 1638, em Achém, na ilha de Samatra, na Indonésia.
Beatificado pelo Papa Leão XIII a 10 de Junho de 1900.
Monumento em honra do Beato Redento da Cruz, inaugurado em 1998 no lugar de Abróteas, freguesia de Cunha, aquando as Comemorações do IV Centenário do seu nascimento.
Da pagela publicada pela Igreja:
"Vida do Beato Redento da Cruz
Redento da Cruz, no século Tomaz Rodrigues da Cunha, português, nobre por ascendência, nascido em 1598, era filho de Baltasar Pereira e D. Maria da Cunha, e natural da povoação de Lizouros, freguesia de Santa Maria de Cunha, concelho de Paredes de Coura.
Ainda adolescente partiu para as Índias orientais e, seguindo a carreira das armas, foi Capitão da guarda da cidade de Meliapor; porém depois tomou o hábito dos irmãos conversos na Ordem dos Carmelitas Descalços.
Como fosse insigne na piedade e suavidade de costumes, foi destinado aos lugares de porteiro e sacristão em vários conventos.
Tendo desempenhado estes cargos com a maior perfeição, foi finalmente, por ordem dos superiores, dado como companheiro ao Beato Dionísio, que partia para a Ilha de Samatra, missão que recebeu de ânimo tanto mais alegre que, por uma inspiração quase divina, pressentira que lhe era seguro caminho para o martírio.
Chegando porém à ilha, foi carregado de ferros com o Beato Dionísio e todos os companheiros, e reduzido à escravidão. Coube-lhe em sorte um senhor feroz que depois de o ter atormentado com todas as espécies de vexames e tormentos, rapada a cabeça, barba e sobrancelhas, o expôs ao ludíbrio dos infiéis; ligou-lhe os pés com ferros de arestas vivas e pôs-lhe a vida em grande risco com acerbíssima fome.
Tudo isto, Redento sofreu intrepidamente, e não temeu resistir ao próprio rei que pretendia abalar a sua constância.
Levado finalmente à praia do mar com os restantes confessores da fé, foi o primeiro de todos que, alvejado com setas e trespassado com espadas e lanças envenenadas, morreu mártir.
Sobre os corpos dele e dos restantes mártires, que conjuntamente pereceram, enquanto estiveram insepultos, várias vezes durante a noite, com grande admiração dos infiéis e hereges, foram vistos brilhar esplendores de luz e ouvidos celestes concertos.
O que tudo devidamente provado, o Sumo Pontífice Leão XIII, no ano do jubileu de 1900, inscreveu Dionísio da Natividade e Redento da Cruz no catálogo dos Bem-aventurados Mártires.
(Do antigo Breviário Bracarense)."
Oração
Ó Deus, que por admirável disposição conduziste os bem-aventurados Dionísio e Redento, através dos perigos do mar, à palma do martírio, concedei-nos, pela sua intercessão, que entre as dissipações e desejos deste mundo, permaneçamos fiéis até à morte na confissão do vosso nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ámen
Painel de azulejos existente na Casa Grande de Paredes de Coura
Quinta-feira (da Ascensão), dia 25 de maio, pelas 21:45 na Igreja do Senhor Ecce Homo em Padornelo.
Entrada gratuita.
Dia 25 de Abril | 11:00| Centro Cultural de Paredes de Coura
Sessão Solene do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Paredes de Coura, evocativa dos 40 anos do Poder Local Democrático
Nos dias 21 a 25 de Abril, o REALIZAR:poesia regressa com a sua segunda edição, procurando estabelecer afinidades entre apoesia e as demais atitudes artísticas – literatura, música, cinema, artes performativas, e também aquelas de menos evidente convergência, política, ciência, filosofia, et cetera. Constitui-se como uma reunião de eventos de múltiplas linguagens e origens em que as leituras, os debates, as conferências, as exposições, os lançamentos de livros, os espetáculos de artes performativas, a exibição de filmes, os concertos musicais se reencontram em Paredes de Coura na esfera da sua essencial afinidade: a poética, no seu sentido mais vasto. Com afinidades às efemérides: 10 anos do desaparecimento de Mário Cesariny e 150 anos dos nascimentos de Raúl Brandão e Camilo Pessanha.
Acreditando que, para lá da materialidade da linguagem, há uma metalinguagem do imaginário, é nesse lugar exótico de liberdade, de verdadeira sugestão poética, que existe o REALIZAR:poesia - um lugar da e com a população do município. Repetindo esta utopia, propondo os amigos à inquietação. Em Paredes de Coura, chamam "amigo" a todos os que chegam. A razão do mesmo poema que serviu de mote ao nome da festa, “Agora Escrevo” de Alexandre O’Neill, donde se salienta o verso "Nos nossos sonhos entrava gente viva".
Esta edição do REALIZAR:poesia comporta uma dinâmica muito direcionada para a comunidade escolar, levando as afinidades da poesia com o teatro, a dança e a edição aos alunos do Município de Paredes de Coura. O REALIZAR:poesia irá versar em vários espaços da vila de Paredes de Coura. O Centro Cultural será o palco privilegiado de várias iniciativas, no entanto terá lugar em outros espaços como a Caixa de Brinquedos, a Biblioteca Municipal, a feira quinzenal e ruas da vila, intervenções em bares e outros estabelecimentos comerciais da vila.
Após a estreia em 2016, o REALIZAR:poesia volta a receber convidados da mais variada origem que, afinal, se reúne na poesia: Abysmo, Ana Cristina Leonardo, André da Loba, André Gago, António de Castro Caeiro, António Gonçalves, Carla Solano, Carlos Barretto, Carlos Tê, Carlos Veríssimo, Do Lado Esquerdo, Douda Correria, Fernando Echevarría, Fernando Guimarães, Frederica Vieira Campos, Fundação Cupertino de Miranda, Hernâni Lopes da Silva Maia, Inês Veiga de Macedo, Jaime Rocha, Jesús Jiménez Domínguez, João Canijo, João Gesta, João Habitualmente, João Paulo Cotrim, João Paulo Esteves da Silva, João Pedro Azul, João Rios, José Anjos, José Luís Fernandes, JP Simões, Leonor Barata, Manuel Freire, Manuel João Vieira, Manuela Ribeiro, Maria Bochicchio, María José Martin-Velasco, Maria Sousa, Mia Soave, Nazaré da Silva, Nuno Moura, Paulo Campos dos Reis, Paulo Pinto, Pedro Mexia, Raquel Gonçalves-Maia, Regina Guimarães, Rui Lage, Samuel Dias, Livraria Snob, +TAC -Teatro Amador Courense, Vasco Gato,entre outros.
Este encontro reflete a vontade de querer estar com a poesia,num município a 833 metros de altitude e com 138 quilómetros quadrados sempre aberto a mais um desafio, com um olhar muito atento e concreto para o que há na poesia portuguesa e além-fronteiras.
De 21 a 25 de Abril, o convite é para REALIZAR:poesia em Coura, sem paredes.
Elzira Dantas Machado nasceu no Rio de Janeiro a 15 de Dezembro de 1865, sendo filha do conselheiro Miguel Dantas e da sua primeira esposa, Bernardina Maria da Silva. Contava seis anos quando, após a morte da mãe, veio para Portugal, mais concretamente para a cidade do Porto onde passou a residir com seu pai (que voltaria a contrair núpcias, com sua prima Maria da Assunção Gonçalves Pereira). Teve uma educação exemplar ministrada por educadoras estrangeiras, denotando-se o cuidado de Miguel Dantas na sua formação. Mas desengane-se quem pensa que com esta instrução apenas assumiu o papel de esposa e mãe, como procuraremos explicar adiante. Em 1882, na cidade invicta, casa com Bernardino Machado, conhecendo melhor a partir daí o republicanismo, e também contribuindo para o movimento de emancipação da mulher, a causa feminista. Entre outras actividades cívicas foi fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, da Associação de Propaganda Feminista, da Comissão Dirigente e Administrativa da Empresa de Propaganda Feminista e de Defesa dos Direitos da Mulher. Com a eclosão da I Guerra Mundial, na qual os soldados portugueses participam, não fica parada e torna-se fundadora e presidente da Cruzada das Mulheres Portuguesas, que tinha como finalidade prestar assistência moral e social aos soldados e suas famílias. Façamos uma pausa para explicar que em 1917 este trabalho foi interrompido, devido ao golpe de Sidónio Pais que culminou na destituição de Bernardino Machado do cargo de Presidente da República e obrigou o ilustre político e sua família àquele que seria o seu primeiro exílio. Vejamos agora a consideração e mérito que era atribuído a Elzira Dantas Machado, já que, apesar da oposição a seu marido, Sidónio Pais condecorou-a com a grã-cruz da Ordem de Cristo. Após o regresso a Portugal e recondução de Bernardino Machado como Presidente da República, continuou a desempenhar as suas altas tarefas cívicas, até que seu marido foi deposto pela golpe de 28 de Maio de 1926. Novamente partem para o exílio. Note-se que esteve exilada em 1917/1919 e em 1926/1940. Foi, aliás, neste último período que escreveu, em La Guardia, “Contos – para os meus netos”, certamente influenciada pelas saudades da família e das terras portuguesas.
Findado este exílio no estrangeiro, passa a residir com o marido no Palacete de Mantelães em Formariz, até Março de 1942 quando Bernardino Machado foi internado numa unidade hospitalar da cidade do Porto. A 21 de Abril desse ano partia para sempre D. Elzira, e dois anos mais tarde, a 29 de Abril de 1944, deu-se a despedida de Bernardino Machado do mundo terreno. Em jeito de remate, refira-se que acompanhou sempre o seu marido em todo o percurso político e profissional, o que não foi nada fácil dadas as circunstâncias históricas, afirmando-se como uma primeira-dama sempre presente e activa. E se tudo isto não bastasse, foi mãe de 19 filhos, três falecidos com tenra idade, outra com 29 anos e os demais com idades entre os 61 e 99 anos. Agradecemos a seu neto e nosso amigo dr. Manuel Sá Marques, alguns dados e imagens que ilustram esta página, e terminamos com um pensamento que transmitimos na blogosfera em 2008 aquando o Dia Internacional da Mulher: Não será tempo de o seu nome ficar perpetuado numa rua da nossa sede de concelho?
In Jornal Notícias de Coura, 22 de Março de 2011
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