in Jornal "Coura Livre ", edição n.º 45 de 30-09-1978
CAUTELA NOS ENCONTROS DE FAMÍLIA, RECOMENDAM BISPOS
Depois de uma leitura breve à nota pastoral emanada do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, no passado dia 09 de dezembro, intitulada “Celebrar o Natal em tempo de pandemia”, não foi para nós surpresa o seu conteúdo, uma vez que vem reforçar aquilo que sempre foi dito desde a reabertura dos locais de culto, mormente o não baixar de braços, o descuido por assim dizer, na observância das regras sanitárias.
Obviamente, este ano será diferente, mas já ouvimos por aí dizer, pasme-se, que este ano não haverá Natal. Quanta descrença, quanta ignorância, o Natal será comemorado de forma mais íntima, mais familiar, na sua verdadeira essência, numa redescoberta. Mas tal como indicam os bispos portugueses, os encontros familiares e a alegria das festas natalícias, terão de ser acompanhados de todas as cautelas, a fim de não haver um aumento exponencial de contágios, e a satisfação não dê lugar ao sofrimento e ao luto.
O anúncio feito recentemente pelo (será reavaliado no próximo dia 18) é auspicioso porque permite as celebrações em assembleia não apenas nas manhãs dos dias de Natal, do Domingo da Sagrada Família (27 de dezembro) e da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1 de janeiro), mas também na véspera desses dias festivos e na tarde dos dias de Natal e de Ano Novo.
Também lemos a nota do Administrador Diocesano, Monsenhor Sebastião Pires Ferreira, intitulada:” Quatro adventos num só natal: mensagem de natal”, onde reflete sobre uma secularização, uma relativização do tempo precedente ao natal, onde não basta compor o presépio e enfeitar um pinheirinho. Vamos diretos ao assunto, que católicos somos nós que andamos por todo o lado, com todos os cuidados sanitários claro, mas não participamos nas celebrações dominicais desde a reabertura dos templos? E não estamos a falar dos fiéis pertencentes às chamadas «situações de risco», esses até tem aparecido… E onde estão os amiguinhos de Jesus, onde estão os mais petizes? Por acaso não vão à escola? A Igreja tem sido exemplar no cumprimento de todas as normas. Preparemo-nos, pois, devidamente, para viver o Natal.
Monsenhor Sebastião também lembra que estamos com a Sé Episcopal vaga, e que roga e reza pelo envio de um novo bispo, que trará à diocese de Viana do Castelo a alegria, a luz e o calor natalício da lareira.
Como era expectável este ano, em coerência com todas as posturas desde o início do combate à pandemia, a prática tradicional de dar a imagem do Menino a beijar não será realizada, aconselhando-se a substituição desse gesto de veneração afetuosa por qualquer outro que não implique contacto físico e previna aglomerações.
Porque não trocar o consumismo exacerbado, por atos de caridade e oração, pelo verdadeiro amor ao próximo? E já agora, não publicitados. Assim será Natal.
Boas festas, do fundo do coração, para todos os leitores do NC.
in Jornal Notícias de Coura, 15 de Dezembro de 2020
Passa a Senhora das Dores, no andor ornamentado, o mais sumptuoso por estas bandas, levado aos ombros por devotos da Virgem. As ruas da Vila engalanadas, bem como as sacadas das casas com as colchas, só usadas para a passagem das procissões.
A cor castanha é predominante no quadro que representa o outro padroeiro das festas do concelho, Santo António. Os mais pequenos, onde se incluem os filhos de courenses migrantes e emigrantes, já vão impacientes compondo o figurado que retrata alegoricamente a história da Igreja.
A referência ao “Santo” courense, o Beato Redento da Cruz.
A padroeira da Vila, Santa Maria de Paredes, também é transportada no cortejo solene. O cheiro a incenso denuncia que está para breve a passagem do pálio sob o qual é conduzido o Santo Lenho, pelo arcipreste de Paredes de Coura, seguido das autoridades civis. É assim que a nossa memória regista a procissão solene das Festas do Concelho, que este ano não se realizar-se-á devido às determinações da Conferência Episcopal Portuguesa e as orientações/normas da Direção Geral de Saúde.
Não se realiza a procissão, nem nenhum ponto habitual da festividade entenda-se! Ficará para 2021, esperamos nós!
Relembramos saudosamente o Zé da Marnota, que anos a fio enquanto presidente das festas do concelho, arregaçava as mangas, fazia-se ao caminho, dava o exemplo, pugnando pelo brilhantismo. Quantas histórias Zé…
In Jornal Notícias de Coura, edição 391 de 21 de Julho de 2020
Há artigos que são dolorosos de redigir, este é um deles… Não por dificuldades de escrita ou de pensamento, mas sim porque nos vamos referir a alguém que nos foi muito próximo e já não está, fisicamente, entre nós. É desta forma agridoce que noticiamos o desaparecimento do mundo dos vivos, no passado dia 12 de junho de José Cândido Chouzal Nogueira, o nosso tão querido e amigo “Zé da Marnota”. Marnota, esse lugar/quinta de Formariz, sua terra natal onde nasceu em 12 de março de 1941, filho de Esmeraldo de Jesus Alves Nogueira e de Maria Cristina Chouzal. Nogueira, apelido que nos indica a sua ascendência ilustre, pois descendia do 1.º Visconde de Mozelos, e Chouzal sobrenome também sobejamente conhecido neste rincão, com origem no lugar paredense de Santa. Claro que nunca vimos,nem ouvimos, o Zé da Marnota puxar dos galões devido à linhagem, pelo contrário, era na simplicidade que ele estava bem, e sempre se pautou por valores de igualdade nos mais variados campos.
Aquando da sua despedida, foram centenas ou courenses, e não só, que se associaram à dor da família enlutada. Com as medidas restritivas de participação em cerimónias fúnebres, falamos obviamente de todas as mensagens de condolências registadas nas redes sociais, onde todos recordavam a fineza de trato, o respeito, a educação, a simplicidade, o grande sentido altruísta que caracterizavam a sua maneira de ser.
Também nós NC, estamos de luto, uma vez que José Cândido Chouzal Nogueira foi sócio-fundador da Azevinho - Cooperativa Para A Promoção Cultural de Paredes de Coura, logo também deste periódico. Mas não se pense que esta é a primeira ligação que teve com a imprensa, no já longínquo ano de 1975, mais precisamente em 03 de janeiro, foi publicado o primeiro número do jornal “Coura Livre”, quinzenário regionalista e noticioso, do qual era director José Cândido Chouzal Nogueira. No último dia de 1978 seria publicada a última edição do Coura Livre, e como devem entender, este período assinala os acontecimentos dos primeiros anos da vida democrática a nível concelhio.
Por falar em período democrático, José Cândido Chouzal Nogueira integrou a Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Paredes de Coura, presidida por Armando Bernardino Figueiredo no pós 25 de Abril, em 1975. Curioso, um empregado de escritório, aos 34 anos, assumir a função de vogal na Câmara Municipal, só demonstra que o Zé era querido pela população (recordamos que esta comissão foi votada e decidida no salão do antigo quartel dos bombeiros). Nas listas do Partido Socialista, onde sempre militou José Cândido Chouzal Nogueira, foi candidato vencedor à vereação, nos 2.º, 3.º, 4.º e 5.º mandatos do presidente José de Sousa Guerreiro, ou seja nas eleições autárquicas de 1979, 1982, 1985 e 1989. De igual forma, acompanha o presidente Pereira Júnior nos seus 1.º, 2.º e 3.º mandatos, que resultaram das eleições autárquicas de 1993, 1997 e 2001. Sempre na sombra, por sua opção, o Zé tinha um jeito especial de estar na política, muito fiel aos seus pares, e a ele devemos ,pessoalmente, muitos ensinamentos. Soube, variadas vezes, escutar mais do que falar, e agir mais do que falar. Como alguém escreveu nas redes sociais:” O concelho perdeu um dos grandes autarcas em tempo de democracia. Tinha nele uma confiança ilimitada. Sempre cordial, serviu a todos com uma capacidade de trabalho inigualável. Grande a nossa perda.”
Na função de autarca temos de destacar a sua participação na Comissão de Festas do Concelho, a que presidiu por vários anos. Eram outros tempos, em que se tinha de dar o corpo ao manifesto, fazer peditórios, montar todas as estruturas, mas que resultavam num brilhantismo sem igual. Quantas horas, quantas noites perdidas…, mas quanta alegria, quanto bairrismo, quanta cidadania por ele eram demostrados!
José Cândido Chouzal Nogueira foi também, durante alguns meses, presidente do Conselho de Administração da ADEMINHO/EPRAMI.
O seu amor por Paredes de Coura era, sem dúvida, desmedido e colocava a nossa terra acima de tudo mais, se assim não fosse, ao longo do seu percurso, não teria feito parte de tantas instituições e coletividades concelhias.
Homem religioso, sempre recatado, foi muitas vezes a alma mater de vários projetos e concretizações nesse campo. Não tinha vergonha de assumir publicamente a sua Fé, e vestia uma opa ou transportava alguma alfaia litúrgica durante as procissões, grande exemplo. A comunidade paroquial de São Pedro de Formariz que o diga, ele estava sempre presente. Já muito debilitado devido à doença que o acometeu, ainda ano passado assistiu à passagem da procissão da Sra do Livramento, de quem tinha muita devoção. O Zé da Marnota foi um grande trabalhador da Confraria, fazendo parte de várias administrações, e deixando obra bem visível, sempre com o máximo bom gosto. Também por variadas vezes, ajudou na realização da festa da Sra da Purificação, a Sra que se venera no Monte de Irijó. E quantos trabalharam com ele, sempre num espírito harmonioso, devido em grande parte à sua característica de cativar os que o rodeavam.
Devido à ligação da família Nogueira à devoção a Nossa Senhora da Pena em Mozelos, foi por várias vezes juiz da festa da padroeira do concelho.
A sua terra natal também contou com a participação dele no campo desportivo. Recordamos o seu desempenho como futebolista no Formariz Atlético Clube, e depois como dirigente nunca chegando, por vontade própria (o Zé era assim) a ser presidente da direção. Quantas episódios vividos no Campo do Côto… “É a lei do funil, sr. árbitro” vociferava ele, através justamente de um funil, alto e bom som, quando não lhe agradava alguma decisão do juiz da partida. Em 2018, aquando da participação de Formariz nas festas do concelho, lá estava o Zé da Marnota a representar-se a si mesmo!
A nível desportivo, fez parte ainda de alguns corpos sociais do Sporting Clube Courense, chegando a ser presidente da direção de 1973 a 1975, os primeiros anos de filiação do SCC na Associação de Futebol de Viana do Castelo.
Lembraremos para sempre o Zé da Marnota no antigo escritório da Empresa de Transportes Courense, onde trabalhava, situado na Rua Heróis do Ultramar. Subindo as escadas ingremes de madeira, lá nos esperava sempre com um sorriso e com dois dedos de conversa. O Zé era um diplomata, sabia bem que não é com vinagre que se apanham moscas.
Depois da tão merecida reforma, passou a dedicar-se a tempo inteiro aos seus clientes, pois era representante de uma companhia de seguros, e à gerência do Comércio de Motociclos Courense (fundado em 1981).
Resta-me dizer que o Zé da Marnota foi, tal como muitos dos jovens do seu tempo, combatente no Ultramar, mais precisamente em Moçambique.
E agora o mais importante, a família, por quem empreendeu toda a dedicação como é obvio. Era casado há 45 anos com Aurora Barbosa Nogueira, enfermeira aposentada, e pai da Patrícia e do Pedro. Avó da Gabriela, do Nuno, da Filipa e da Inês e sogro de Filipe Alves e Gorete Nogueira. A história do Zé tem assim continuidade!
Zé, falamos muito vezes deste momento da despedida, como seria e como estarias preparado. Foste um cidadão exemplar, era bom que fossemos todos assim. Tinhas um coração enorme, viverás para sempre nos nossos! Descansa em paz AMIGO.
in Jornal Notícias de Coura, 23 de junho de 2020, edição 389
in Jornal "A Voz de Coura", edição de 27-04-1912
E porque hoje, dia 20 de Janeiro, é dedicado à memória do mártir São Sebastião...
Pintura de São Sebastião, existente no tecto da Capela dedicada ao Mártir, no lugar de Nogueira.
Refira-se a grande devoção das nossas gentes por São Sebastião, advogado de três das mais terríveis desgraças da Humanidade: fome, peste e guerra.
Capela de São Sebastião, situada no lugar da Nogueira. Em tempos idos, aqui esteve instalada a Igreja Paroquial de Santa Maria de Paredes. Recentemente sofreu obras de melhoramento e ampliação da sacristia, respeitando contudo a traça arquitectónica dominante (ao contrário do que se vê em muitos locais por esse Portugal fora). Tal como se pode observar na foto possui um elegante escadório, com trabalho notável de cantaria, será este elemento do tempo da antiga Matriz?
Refira-se ainda que, no adro da Capela foi construído há duas décadas um palco servindo de arrecadação e bar a sua parte inferior.
Anualmente, em 20 de Janeiro, é celebrada nesta ermida uma missa em honra do glorioso mártir São Sebastião (defensor contra a fome,peste e guerra).
Pormenor da Bandeira do Sagrado Coração de Jesus da paróquia de Santa Maria de Paredes (Vila)
*Em 2019 assinala-se a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus em 28 de Junho
Como penso que é um episódio esquecido, e por muitos nem conhecido, trago à vossa memória o dia 13 de Junho de 1989, quando deflagrou um incêndio de pequenas dimensões no altar-mor da Igreja Matriz de Santa Maria de Paredes. Recordo como se fosse hoje, o toque insistente da sirene do Quartel Afonso Viana, e, porque estava em plena sala de aula na então escola primária da Vila (actual sede do OUSAM na Rua do 25 de Abril), a passagem a toda a velocidade do veiculo autotanque dos Bombeiros Voluntários.
Como as viaturas dos Soldados da Paz nunca utilizavam esse trajecto (era utilizada a agora pedonal Rua do Conselheiro Miguel Dantas, logo deduzimos que haveria alguma coisa mal nos arredores). Bastou uma olhadela pela janela da sala de aula para observarmos que saía bastante fumo pelo telhado da Igreja Matriz. Lembro-me de as professoras não permitirem, e bem (na altura não pensei assim) que fossemos a correr para o adro da Igreja, mas no final das aulas recordo uma imagem que ainda hoje tenho no pensamento: o altar-mor parcialmente danificado devido ao fogo, sem sacrário, o nosso, então, jovem pároco desolado, e algumas senhoras a limparem o interior do edifício que como calculam ficou cheio de cinza e fuligem. Com algum esforço tudo foi voltando à normalidade: o sacrário que ficou danificado com o fogo foi arranjado e na parte superior foi acrescentada uma representação do “Cordeiro de Deus” que anteriormente fazia parte do altar-mor;
posteriormente foi colocada uma peanha em pedra por cima do sacrário onde foi colocada a imagem da padroeira Santa Maria de Paredes (Nossa Senhora da Assunção) que se encontrava guardada numa residência particular. Com o calor do incêndio, vários azulejos partiram e descolaram-se. Foram substituidos passado algum tempo, mas ainda hoje se notam diferenças.
Pensa-se que a origem do fogo, tenha estado numa vela mal apagada, pois sendo dia de Santo António (em tempos bastante festejado na Vila) tinha sido celebrada missa de manhã na Igreja Matriz.
Aqui fica um pedacinho das minhas memórias, de um episódio que podem ter a certeza me marcou, tanto mais que poucos dias antes tinha realizado a minha primeira comunhão. Espero os vossos comentários, e quiçá mais elementos que possam enriquecer esta efeméride.
Altar de Santo António existente na Igreja Matriz de Paredes de Coura, do lado da epístola.
Oferecido pelos Antónios da freguesia em 5 de Maio de 1963
Tomar medidas em nome da segurança
Em recente deslocação a Barcelos, na localidade de Tamel (São Pedro Fins) a nossa atenção prendeu-se com um painel fixado junto à estrada nacional, numa zona de confluência com o Caminho de Santiago. Lemos em letras garrafais: VEJA E SEJA VISTO. Logo, em nossa mente começamos a pensar em redigir o presente artigo.
São cada vez mais os peregrinos que atravessam o concelho e, com mais incidência em Maio, Junho e Julho (a romaria ocorre no segundo fim-de-semana), caminham até ao santuário de São Bento da Porta Aberta, em Cossourado.
Uma vez mais (e nunca é demais) alertamos os peões e condutores para a máxima atenção especialmente no percurso da estrada nacional 303. Caso haja existência de passeios aconselhamos que caminhem pelos mesmos, em fila indiana se possível, envergando roupas mais claras ou com fitas refletoras. Se não existirem passeios caminhem, pelo lado esquerdo, o mais próximo da berma que puderem, ocupando assim o menos possível a faixa de rodagem. Em nome da segurança de todos, é obvio que a vegetação que ocupa as bermas deverá estar devidamente cortada.
Já em 2008 nos questionávamos em artigo semelhante: “Não será esta a altura das entidades competentes colocarem ao longo do percurso, avisos /recomendações aos peregrinos no sentido de redobrarem as cautelas?”. Sem eliminar uma virgula, acrescentamos a necessidade de também alertar os condutores.
Boa peregrinação para uns, boa caminhada para outros, mas isso são contas de outro rosário…
In jornal Notícias de Coura n.º 363, 14 de Maio de 2019
A 29 de Novembro celebra-se a memória do Beato Redento da Cruz, courense, religioso e Mártir. Lembrado na Diocese de Viana do Castelo, na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços.
O Beato Redento da Cruz, nasceu no lugar de Lizouros, freguesia de Cunha, com o nome de Tomás Rodrigues da Cunha, sendo filho de Baltazar Pereira e de Maria da Cunha.
Faleceu, sofrendo martírio, a 29 de Novembro de 1638, em Achém, na ilha de Samatra, na Indonésia.
Beatificado pelo Papa Leão XIII a 10 de Junho de 1900.
Monumento em honra do Beato Redento da Cruz, inaugurado em 1998 no lugar de Abróteas, freguesia de Cunha, aquando as Comemorações do IV Centenário do seu nascimento.
Da pagela publicada pela Igreja:
"Vida do Beato Redento da Cruz
Redento da Cruz, no século Tomaz Rodrigues da Cunha, português, nobre por ascendência, nascido em 1598, era filho de Baltasar Pereira e D. Maria da Cunha, e natural da povoação de Lizouros, freguesia de Santa Maria de Cunha, concelho de Paredes de Coura.
Ainda adolescente partiu para as Índias orientais e, seguindo a carreira das armas, foi Capitão da guarda da cidade de Meliapor; porém depois tomou o hábito dos irmãos conversos na Ordem dos Carmelitas Descalços.
Como fosse insigne na piedade e suavidade de costumes, foi destinado aos lugares de porteiro e sacristão em vários conventos.
Tendo desempenhado estes cargos com a maior perfeição, foi finalmente, por ordem dos superiores, dado como companheiro ao Beato Dionísio, que partia para a Ilha de Samatra, missão que recebeu de ânimo tanto mais alegre que, por uma inspiração quase divina, pressentira que lhe era seguro caminho para o martírio.
Chegando porém à ilha, foi carregado de ferros com o Beato Dionísio e todos os companheiros, e reduzido à escravidão. Coube-lhe em sorte um senhor feroz que depois de o ter atormentado com todas as espécies de vexames e tormentos, rapada a cabeça, barba e sobrancelhas, o expôs ao ludíbrio dos infiéis; ligou-lhe os pés com ferros de arestas vivas e pôs-lhe a vida em grande risco com acerbíssima fome.
Tudo isto, Redento sofreu intrepidamente, e não temeu resistir ao próprio rei que pretendia abalar a sua constância.
Levado finalmente à praia do mar com os restantes confessores da fé, foi o primeiro de todos que, alvejado com setas e trespassado com espadas e lanças envenenadas, morreu mártir.
Sobre os corpos dele e dos restantes mártires, que conjuntamente pereceram, enquanto estiveram insepultos, várias vezes durante a noite, com grande admiração dos infiéis e hereges, foram vistos brilhar esplendores de luz e ouvidos celestes concertos.
O que tudo devidamente provado, o Sumo Pontífice Leão XIII, no ano do jubileu de 1900, inscreveu Dionísio da Natividade e Redento da Cruz no catálogo dos Bem-aventurados Mártires.
(Do antigo Breviário Bracarense)."
Oração
Ó Deus, que por admirável disposição conduziste os bem-aventurados Dionísio e Redento, através dos perigos do mar, à palma do martírio, concedei-nos, pela sua intercessão, que entre as dissipações e desejos deste mundo, permaneçamos fiéis até à morte na confissão do vosso nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ámen
Painel de azulejos existente na Casa Grande de Paredes de Coura
Quinta-feira (da Ascensão), dia 25 de maio, pelas 21:45 na Igreja do Senhor Ecce Homo em Padornelo.
Entrada gratuita.
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