Com a devida vénia transcrevemos o artigo publicado pelo nosso estimado amigo Carlos Gomes, no seu Blogue do Minho: “Foi em 1983 que, no seio da Associação Cultural de Paredes de Coura, nasceu o Grupo Etnográfico de Paredes de Coura. Este agrupamento descende do antigo Rancho Folclórico Miguel Dantas, fundado em 1957, e ainda atualmente bastante lembrado pelas gentes courenses. Aproveitando a realização do fim-de-semana gastronómico realizado em Paredes de Coura dedicado à truta do rio Coura, o Grupo Etnográfico organizou um encontro de rusgas concelhio, com a participação de 8 grupos, e um festival folclórico com a presença do grupo anfitrião e ainda do Rancho Folclórico Etnográfico Arelhense, de Óbidos, do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Arões, de Fafe, e o Grupo de Baile Cotogrande, de Vigo. Ao longo de três décadas, o Grupo Etnográfico de Paredes de Coura vem preservando e divulgando as tradições mais genuínas das gentes do Alto Minho, exibindo os seus trajes e dando a conhecer as suas danças e cantares, os usos e costumes do povo das terras de Coyra como outrora se dizia.”
12 de Maio de 2013
Os guias da ACRDPC à espera dos ranchos visitantes.
Francisco Sousa, presidente da ACRDPC.
Almoço convívio
Cerimónia de entrega de lembranças e colocação de fitas nos estandartes
Início da actuação do Grupo Etnográfico de Paredes de Coura, com a música "Modinha dos Três"
"Vira de entrada"
"Chula de Coura"
A Gabriela Rodrigues a dançar a "Rosinha de Coura"
"Loureiro"
"Chula dos Montes"
O Grupo Etnográfico finalizou a actuação com "Tirana"
O Grupo Etnográfico numa foto de família junto à cinquentenária Igreja Matriz de Paredes de Coura
Leilão de produtos a favor da Paróquia de Santa Maria de Paredes
Actuação do Rancho Folclórico Etnográfico Arelhense, de Óbidos.
Actuação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Arões, de Fafe.
Tal como tínhamos anunciado, a Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Paredes de Coura (ACRDPC) organizou a Festa do Folclore nos passados dias 9 e 10 de Outubro. Felizmente o mau tempo deu tréguas, e todas as actividades comemorativas dos 34 anos de vida da ACRDPC puderam realizar-se tal como estava previsto.
*
Assim sendo, no Largo Hintze Ribeiro actuaram o Grupo de Cantigas de Formariz e Mestre Bento e alguns dos seus alunos e amigos da concertina, e no domingo, depois do almoço convívio no salão polivalente da EB 2,3/S, exibiram-se os ranchos folclóricos de Rio Frio-Arcos de Valdevez, Aranhas-Penamacor, Padrão da Légua-Matosinhos, Valadares – V.N. de Gaia, para além do Grupo Etnográfico de Paredes de Coura.
Foi uma tarde agradável para todos os apreciadores de folclore, de etnografia e das tradições, e que deixou os responsáveis pela ACRDPC ainda com mais alento para continuar a sua jornada.
in Jornal Notícias de Coura, edição n.º 171, 19 de Outubro de 2010
Na passada edição da Feira Mostra, que se realizou em Junho último, não deixou de causar grande curiosidade uma peça de antanho que se encontrava por ali exposta, falamos de um antigo jugo, datado de 1912. O quase centenário objecto, precioso no passado pela sua importância no conjunto que formava com o carro de bois, passou a ter o estatuto de preciosidade. Sabemos que este jugo, em boa hora, foi adquirido para fazer parte do património da freguesia de Porreiras, quiçá para ficar exposto permanentemente num espaço público, sendo na altura ofertadas umas monelhas para também acompanharem o tradicional utensílio. Para alguns será um conhecimento desses tempos de labuta agrícola, para outros o reavivamento de memórias. E é desta forma que Porreiras se transforma cada vez mais numa aldeia pedagógica.
in Jornal Notícias de Coura, edição n.º 166, 20 de Julho de 2010
Guardião das danças e cantares, dos trajes e tradições de antanho, assistimos no passado domingo 13 de Junho, durante o Festival de Folclore integrado na Feira Mostra de Paredes de Coura, a uma excelente exibição do Rancho Folclórico Camponês de Bico.
*
*
*
*
Apreciámos algumas modificações no agrupamento, nomeadamente o regresso de alguns trajes e danças que, noutros tempos, deram notoriedade ao Camponês por esse país fora. Como muita gente de mais idade diz, antes de existir Internet, festival de música e outros eventos, era o Rancho Folclórico Camponês de Bico que afamava a nossa terra.
in Jornal Notícias de Coura, edição n.º 165, 22 de Junho de 2010
A freguesia de Paredes de Coura, no cortejo etnográfico que se realizou no dia 8 de Agosto de 2009, representou “Uma festa de antigamente”
*
*
*
*
...recriando um ambiente do século passado com uma capela, adro e arco festivo (não faltando os vencedores de doces tradicionais e os casais de namorados)...
*
*
*
...a tasca da festa com todos os petiscos e o verde da região sem esquecer o bailarico... (continua)
Dando continuidade à publicação de músicas do cancioneiro courense, trazemos até vós a Chula dos Montes, recolhida na zona do Alto Coura pelo extinto Grupo Folclórico Miguel Dantas, e exibida actualmente pelo Grupo Etnográfico de Paredes de Coura.
A Associação Cultural de Vascões recriou no passado dia 7 de Agosto de 2008 (véspera das Festas do Concelho), uma tradição de antanho: a Serrada da Velha.
*
*
*
*
Durante a Quaresma, período reservado ao recolhimento e à oração, um grupo de homens, de noite, cantava à porta das velhas da freguesia, e tinham com elas diálogos acessos, de mal dizer e em constante desafio. Elas respondiam com longas perseguições, com paus para bater aos homens provocadores, e arremessando os mais variados objectos. Esta era uma forma encontrada pela população para se divertir, num período dedicado à meditação, jejum e abstinência.
*
Na rua do Conselheiro Miguel Dantas e no Largo do Visconde de Mozelos, as gentes de Vascões recriaram os trabalhos do campo e as canções durante o período quaresmal, bem como os episódios da serrada e da visita pascal.
Aqui ficam algumas quadras da música da Serrada da Velha, quem em tempos tivemos o gosto de promover e transmitir, através da gravação do cd de Mestre Bento Macedo
Encerramos com este artigo, a fotorreportagem do Cortejo Etnográfico, que se realizou no dia 11 de Agosto de 2007, aquando as Festas do Concelho de Paredes de Coura. De bastante qualidade, será difícil igualar essa edição porém, desejamos vivamente que se promova este número nas festas do presente ano, para recordarmos, e principalmente transmitirmos as nossas tradições do Alto Minho.
A Vila de Paredes de Coura representou os “Serões de antigamente”.
*
Num serão, com a ajuda dos vizinhos, num mutualismo ainda hoje existente em terras de Coura, podia-se debulhar o milho.
*
*
*
Mãos experientes a sedar e espadelar o linho.
*
*
Os trabalhos do linho requeriam ainda que fosse fiado, passando depois pelo sarilho, até ao novelo. Para além da fiada do linho, os serões também eram aproveitados para bordar, tecer e costurar alguns tecidos.
*
No intervalo desses trabalhos, bem como no final, não podiam faltar os petiscos, principalmente os produtos derivados do milho (broa, bolo do tacho, e em casas mais abastadas: papas e biscoitos de milho), ou não fosse Paredes de Coura conhecida noutros tempos como "Celeiro do Minho".
*
Depois da labuta, vinha a diversão, com os cantares e as danças alto-minhotas.
*
*
*
*
Mas eis que, na casa onde decorria a fiada, as brasas da cozinha fizeram das suas, e um incêndio começou a deflagrar perante o pânico de todos. Tocando a rebate, os sinos da velhinha Igreja Matriz, deram o alerta aos populares da freguesia e aos valorosos soldados da paz, que com a ajuda de uma bomba braçal conseguiram extinguir o fogo.
Esta recriação foi um dos quadros mais aplaudidos e apreciados do cortejo.
António Pereira Júnior, presidente da Câmara Municipal, saúda Joaquim Felgueiras Lopes, presidente da Junta de Freguesia de Paredes de Coura, que liderou a organização do quadro etnográfico que representou a sede de concelho.
Em 2008, comemoraram-se 50 anos de existência do Rancho Folclórico Camponês de Bico, digno embaixador das danças e cantares de antanho de Paredes de Coura e do Alto Minho.
*
No Festival de Folclore Nacional das Festas do Concelho de Paredes de Coura, não foram esquecidas as Bodas de Ouro deste Rancho Folclórico, sendo cantados os "Parabéns a Você" e fazendo votos de muitos mais anos de existência.
*
Merece referência, o brio das gentes de Bico na execução das danças e cantares.
*
Causou grande sensação a actuação da pequena dançadeira que vemos nas fotos. Com apenas 5 anos provou que isto do "folclore", está para durar!
Terminamos este artigo com a publicação de três vídeos do Rancho Folclórico Camponês de Bico, desejando-lhe muitas felicidades e que continuem a preservar as nossas tradições.
Uma vez mais, publicamos uma fotorreportagem daquilo que foram as Festas do Concelho de Paredes de Coura, edição de 2008. Concluímos a série de artigos, com as fotos e vídeos do Festival Nacional de Folclore que encerrou as Festas do Concelho. Esta brilhante mostra de danças e cantares realizou-se no dia 11 de Agosto de 2008, pelas 22:00 no Centro Cultural de Paredes de Coura.
*
*
*
Grupo Folclórico das Lavradeiras de S. Pedro de Merufe
– Monção
*
*
Grupo Folclórico de Cantares e Danças “Os Camponeses de Navais” – Póvoa de Varzim
*
*
*
*
Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo – Viana do Castelo
*
*
*
*
*
Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo – Viana do Castelo
(Neste festival também actuou o Rancho Folclórico Camponês de Bico - Paredes de Coura, ao qual dedicaremos um artigo especial)
No nosso percurso pelas representações das freguesias courenses no Cortejo Etnográfico 2007, chegamos hoje a Padornelo. O tema escolhido foi: "Os serões de antigamente". Não podia deixar de referir o trabalho, a dedicação, o amor que um nobre filho dessa terra nutre por ela, bem como por todo o concelho, falo obviamente de Jofre de Lima Monteiro Alves. A ele um bem-haja por tudo o que tem feito, a troco de nada, em prol de Padornelo e Paredes de Coura. É a si, amigo Jofre, que esta fotorreportagem é dedicada!
Bandeiras com os símbolos heráldicos da freguesia e da associação de Padornelo.
*
Quadro ilustrativo de uma tosquia das ovelhas.
*
Depois de limpa, a lã é fiada e com ela se produzem peças de vestuário.
Durante a fiada, nunca falta a animação e as melhores iguaria da gastronomia alto-minhota.