E porque hoje, dia 20 de Janeiro, é dedicado à memória do mártir São Sebastião...
Pintura de São Sebastião, existente no tecto da Capela dedicada ao Mártir, no lugar de Nogueira.
Refira-se a grande devoção das nossas gentes por São Sebastião, advogado de três das mais terríveis desgraças da Humanidade: fome, peste e guerra.
Altar de Santo António existente na Igreja Matriz de Paredes de Coura, do lado da epístola.
Oferecido pelos Antónios da freguesia em 5 de Maio de 1963
A 29 de Novembro celebra-se a memória do Beato Redento da Cruz, courense, religioso e Mártir. Lembrado na Diocese de Viana do Castelo, na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços.
O Beato Redento da Cruz, nasceu no lugar de Lizouros, freguesia de Cunha, com o nome de Tomás Rodrigues da Cunha, sendo filho de Baltazar Pereira e de Maria da Cunha.
Faleceu, sofrendo martírio, a 29 de Novembro de 1638, em Achém, na ilha de Samatra, na Indonésia.
Beatificado pelo Papa Leão XIII a 10 de Junho de 1900.
Monumento em honra do Beato Redento da Cruz, inaugurado em 1998 no lugar de Abróteas, freguesia de Cunha, aquando as Comemorações do IV Centenário do seu nascimento.
Da pagela publicada pela Igreja:
"Vida do Beato Redento da Cruz
Redento da Cruz, no século Tomaz Rodrigues da Cunha, português, nobre por ascendência, nascido em 1598, era filho de Baltasar Pereira e D. Maria da Cunha, e natural da povoação de Lizouros, freguesia de Santa Maria de Cunha, concelho de Paredes de Coura.
Ainda adolescente partiu para as Índias orientais e, seguindo a carreira das armas, foi Capitão da guarda da cidade de Meliapor; porém depois tomou o hábito dos irmãos conversos na Ordem dos Carmelitas Descalços.
Como fosse insigne na piedade e suavidade de costumes, foi destinado aos lugares de porteiro e sacristão em vários conventos.
Tendo desempenhado estes cargos com a maior perfeição, foi finalmente, por ordem dos superiores, dado como companheiro ao Beato Dionísio, que partia para a Ilha de Samatra, missão que recebeu de ânimo tanto mais alegre que, por uma inspiração quase divina, pressentira que lhe era seguro caminho para o martírio.
Chegando porém à ilha, foi carregado de ferros com o Beato Dionísio e todos os companheiros, e reduzido à escravidão. Coube-lhe em sorte um senhor feroz que depois de o ter atormentado com todas as espécies de vexames e tormentos, rapada a cabeça, barba e sobrancelhas, o expôs ao ludíbrio dos infiéis; ligou-lhe os pés com ferros de arestas vivas e pôs-lhe a vida em grande risco com acerbíssima fome.
Tudo isto, Redento sofreu intrepidamente, e não temeu resistir ao próprio rei que pretendia abalar a sua constância.
Levado finalmente à praia do mar com os restantes confessores da fé, foi o primeiro de todos que, alvejado com setas e trespassado com espadas e lanças envenenadas, morreu mártir.
Sobre os corpos dele e dos restantes mártires, que conjuntamente pereceram, enquanto estiveram insepultos, várias vezes durante a noite, com grande admiração dos infiéis e hereges, foram vistos brilhar esplendores de luz e ouvidos celestes concertos.
O que tudo devidamente provado, o Sumo Pontífice Leão XIII, no ano do jubileu de 1900, inscreveu Dionísio da Natividade e Redento da Cruz no catálogo dos Bem-aventurados Mártires.
(Do antigo Breviário Bracarense)."
Oração
Ó Deus, que por admirável disposição conduziste os bem-aventurados Dionísio e Redento, através dos perigos do mar, à palma do martírio, concedei-nos, pela sua intercessão, que entre as dissipações e desejos deste mundo, permaneçamos fiéis até à morte na confissão do vosso nome. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Ámen
Painel de azulejos existente na Casa Grande de Paredes de Coura
Elzira Dantas Machado nasceu no Rio de Janeiro a 15 de Dezembro de 1865, sendo filha do conselheiro Miguel Dantas e da sua primeira esposa, Bernardina Maria da Silva. Contava seis anos quando, após a morte da mãe, veio para Portugal, mais concretamente para a cidade do Porto onde passou a residir com seu pai (que voltaria a contrair núpcias, com sua prima Maria da Assunção Gonçalves Pereira). Teve uma educação exemplar ministrada por educadoras estrangeiras, denotando-se o cuidado de Miguel Dantas na sua formação. Mas desengane-se quem pensa que com esta instrução apenas assumiu o papel de esposa e mãe, como procuraremos explicar adiante. Em 1882, na cidade invicta, casa com Bernardino Machado, conhecendo melhor a partir daí o republicanismo, e também contribuindo para o movimento de emancipação da mulher, a causa feminista. Entre outras actividades cívicas foi fundadora da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, da Associação de Propaganda Feminista, da Comissão Dirigente e Administrativa da Empresa de Propaganda Feminista e de Defesa dos Direitos da Mulher. Com a eclosão da I Guerra Mundial, na qual os soldados portugueses participam, não fica parada e torna-se fundadora e presidente da Cruzada das Mulheres Portuguesas, que tinha como finalidade prestar assistência moral e social aos soldados e suas famílias. Façamos uma pausa para explicar que em 1917 este trabalho foi interrompido, devido ao golpe de Sidónio Pais que culminou na destituição de Bernardino Machado do cargo de Presidente da República e obrigou o ilustre político e sua família àquele que seria o seu primeiro exílio. Vejamos agora a consideração e mérito que era atribuído a Elzira Dantas Machado, já que, apesar da oposição a seu marido, Sidónio Pais condecorou-a com a grã-cruz da Ordem de Cristo. Após o regresso a Portugal e recondução de Bernardino Machado como Presidente da República, continuou a desempenhar as suas altas tarefas cívicas, até que seu marido foi deposto pela golpe de 28 de Maio de 1926. Novamente partem para o exílio. Note-se que esteve exilada em 1917/1919 e em 1926/1940. Foi, aliás, neste último período que escreveu, em La Guardia, “Contos – para os meus netos”, certamente influenciada pelas saudades da família e das terras portuguesas.
Findado este exílio no estrangeiro, passa a residir com o marido no Palacete de Mantelães em Formariz, até Março de 1942 quando Bernardino Machado foi internado numa unidade hospitalar da cidade do Porto. A 21 de Abril desse ano partia para sempre D. Elzira, e dois anos mais tarde, a 29 de Abril de 1944, deu-se a despedida de Bernardino Machado do mundo terreno. Em jeito de remate, refira-se que acompanhou sempre o seu marido em todo o percurso político e profissional, o que não foi nada fácil dadas as circunstâncias históricas, afirmando-se como uma primeira-dama sempre presente e activa. E se tudo isto não bastasse, foi mãe de 19 filhos, três falecidos com tenra idade, outra com 29 anos e os demais com idades entre os 61 e 99 anos. Agradecemos a seu neto e nosso amigo dr. Manuel Sá Marques, alguns dados e imagens que ilustram esta página, e terminamos com um pensamento que transmitimos na blogosfera em 2008 aquando o Dia Internacional da Mulher: Não será tempo de o seu nome ficar perpetuado numa rua da nossa sede de concelho?
In Jornal Notícias de Coura, 22 de Março de 2011
Publicamos algumas quadras que eram cantadas pelos romeiros a São Bento, as quais foram recolhidas pela Associação Cultural Recreativa Deportiva de Paredes de Coura (ACRDPC) com a prestimosa ajuda de D. Maria da Luz Castro Marinho.
Romeirinhos a São Bento
I
Senhor S. Bentinho
Aqui Vos trazemos
Estes romeirinhos
Que Vos prometemos
II
Que Vos prometemos
E Vós aceitais
Senhor S.Bentinho
Bendito sejais
III
Senhor S.Bentinho
Promessa ganhou
Por este devoto
Que da morte livrou
IV
Da morte livrou
Ficou bem contente
Senhor S. Bentinho
Sejais para sempre
V
Senhor S.Bentinho
Estrelinha do norte
Vós destes a vida
A quem esteve à morte
VI
A quem esteve à morte
Tanto padeceu
Senhor S. Bentinho
Foi quem lhe valeu
VII
Foi quem lhe valeu
Ficou bem contente
Senhor S. Bentinho
Sejais para sempre
VIII
Senhor S. Bentinho
Aqui Vos trazemos
Estes romeirinhos
Que Vos prometemos
IX
Que Vos prometemos
Com tanta devoção
Senhor S. Bentinho
Do meu coração
X
Senhor S.Bentinho
Estamos a chegar
Abri - nos a porta
Deixai - nos entrar
XI
Senhor S. Bentinho
Que estais no altar
Ouvi estes romeirinhos
Que estão a chegar
XII
Senhor S. Bentinho
Estais na vidraça
Abri-nos a porta
Cobri - nos de graça
XIII
Senhor S. Bentinho
Que estais no Mosteiro
Fazeis os milagres
No mundo inteiro
XIV
Senhor S. Bentinho
Andamos à roda
Se estais satisfeito
Mandai - nos embora
XV
Senhor S. Bentinho
És nosso paizinho
Nós “imos” embora
Vós ficais sozinho
XVI
Senhor S.Bentinho
Estais lá nos Céus
Nós vamos embora
Adeus e adeus
Cerimónias festivas em honra da terceira pessoa da Santíssima Trindade, promovidas pela Real Confraria do Divino Espírito Santo
Templo do Divino Espírito Santo - Vila de Paredes de Coura
Sábado, dia 07 de Junho
09:00 - Confissões
10:00 - Ofício e Eucaristia por todos os irmãos vivos e falecidos da Real Confraria
Domingo (de Pentecostes), dia 08 de Junho
11:00 – Missa solenizada pelo grupo coral paroquial de Santa Maria de Paredes
16:00 - Recitação do terço, seguida de procissão (Ruas Tenente-Coronel Cunha Brandão, Dr. Albano Barreiros, Conselheiro Miguel Dantas e Heróis do Ultramar, e regresso à Capela do Divino Espírito Santo).
11 de Maio de 2014
10:00 às 11:00 - Exposição dos carrinhos e verificações no Largo Visconde de Mozelos
14:00 às 16:00 - Provas (Descida da Rua Dr. Bernardino Machado e da Avenida de Cenon – 900 metros)
16:15 - Entrega geral de prémios e de lembranças aos concorrentes
Organização: Município de Paredes de Coura
Colaboração: GNR, A.H. Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura, e Federação Galega de Desportos de Inércia.
Para o dia 1 de Maio, feriado nacional, está aprazada uma jornada de apoio ao projeto “Um dia pela vida” a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Pelas 09:00, no largo Hintze Ribeiro os participantes na intitulada “Caminhada pela Vida”, começarão por formar um coração humano, pelo que se apela ao uso de uma camisola branca (que também pode ser adquirida no local) de forma a uniformizar esse esquema. De seguida, e porque Maio é mês maternal, caminhar-se-á (ida e volta) até ao Santuário de Nossa Senhora da Pena em Mozelos, padroeira courense. A inscrição para a caminhada terá o valor de 1 euro, podendo também ser adquiridos produtos de merchandising da Liga. Os responsáveis da ACRDPC, bem como os elementos concelhios do projeto estão à disposição dos interessados para resposta a alguma dúvida.
Paredes de Coura promove certame durante o mês de março
A FLORESTA E O MEL COMO FONTE DE RIQUEZA
A Loja Rural do Município de Paredes de Coura celebra, no mês de março, a Floresta e o Mel, com um diversificado conjunto de atividades, que incluem uma palestra, uma exposição, mostra e venda de produtos locais, gastronomia, ações pedagógicas, um percurso temático e um workshop.
Trata-se de uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Paredes de Coura e da APIMIL – Associação Apícola de Entre Douro e Minho -, que visa sensibilizar a população em geral para a importância da preservação da floresta autóctone, e mostrar como esta pode ser uma fonte de riqueza, não só em termos ambientais, mas também monetários.
Deste modo, no próximo dia 8 (sábado), pelas 15 horas, decorrerá a conferência “Produtos da colmeia, um exemplo de sucesso”, conduzida por especialistas na área e marcada pela presença do apicultor João Barros, que dará conta da sua experiência no ramo. Segue-se a abertura da exposição “A Floresta e o Mel”.
Nas semanas de 11 a 14 e de 18 a 21 estão programadas ações pedagógicas orientadas para o público escolar dos estabelecimentos de ensino locais. Os alunos terão a oportunidade de visitar a exposição e realizar ateliers temáticos.
O Workshop de Cosmética Apícola, com propostas que vão da loção desmaquilhante purificante com própolis ao creme corporal de rosas e cera de abelha, agendado para o dia 29, pelas 15 horas, promete cativar o público. Com a duração de três horas, os interessados podem inscrever-se, pela quantia de 20 euros, presencialmente e/ou através do endereço lojarural@cm-paredes-coura.pt.
Para o dia 30, data de encerramento do certame, está agendado o percurso pedestre “Trilho das Garças”, a partir das 9 horas, que, proporcionará o contato com a natureza e uma prova de mel.
Refira-se ainda que, entre os dias 8 e 30 de Março, a Loja Rural oferece exposição e venda de produtos da colmeia.
A temática envolveu igualmente a restauração do concelho de Paredes de Coura: aos fins de semana, os comensais poderão degustar sobremesas confecionadas com o precioso néctar das abelhas. Crepes e rabanadas de mel, pudim de mel, macã confitada com mel, bolo de mel, queijo com mel são algumas das iguarias do cardápio de fazer crescer água na boca.
Paços do Município
2014.03.06
Início às 14:30 no Largo 5 de Outubro
Instituições participantes:
Compareça, dar sangue é dar vida!
É muito importante a sua participação, a ADASPACO conta consigo para dar sangue. Venha dar sangue e traga um amigo para participar pela primeira vez!
Datas das recolhas de sangue, a realizar na Casa do Dador, durante o ano de 2014:
Horário das recolhas:09:00 às 12:30.
Data da comemoração do 25.º aniversário da ADASPACO: 22 de Junho
Letra das “Janeiras - 2014” da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Paredes de Coura
I
Um raminho, dois raminhos,
Três ramos de camomila,
Nós somos da Associação
Desta nossa linda Vila.
Levantem-se lá, senhores,
Se nos querem agradar,
Venham ouvir as janeiras
Que temos p’ra vos cantar.
Refrão
II
Esta casa é bem alta,
Forradinha a cortiça,
Venham-nos dar as janeiras,
Tragam vinho e chouriça.
E tragam uma notinha,
Se nos querem ajudar,
A Associação tem ideias,
E a sede p’ra terminar.
Refrão
III
Das “janeiras” que nos derem,
Deus será o pagador.
Queira Deus que de hoje a um ano.
Nos façam mesmo favor.
Vamos dar a despedida,
Como faz a cotovia:
Boas festas para todos!
Adeus, até qualquer dia.
Refrão
São José se levantou,
Uma estrela se acendeu.
Adorai o Deus Menino,
Que à meia-noite nasceu.
Letra e música de Carla Soares Lima
Fotos de Fernando Silva
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